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Marchinha, Carnaval, Patrimônio e Rio

O Carnaval é a cara do Rio de Janeiro. O mundo está voltado para corpos esculpidos de Whey Protein e colágeno. Carnaval no rio são as globais ganhando cachês milionários apenas para vestir uma camisa personalizada de uma marca de cerveja, sem se quer beber um gole, pois contém Glútem.

Carnaval virou negócio midiático, onde emissoras expõem os beijos e a pegação da elite do carnaval com seus abadás e sua cordinha, pregando a desigualdade entre os que podem e os que não podem. Ainda tem o sambódromo, onde os espaços são destinados aos alemães, franceses, americanos... brasileiros? Sim, claro, porém só se ganha na promoção dos Supermercados Guanabara.

E as marchinhas? Ah ! Claro, as machinhas ainda perduram. Foram até consideradas patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, salve. Entretanto não há compositores como naquela época de nossos avós, hoje os temas das marchinhas são Facebook e Whatsapp.

Carnaval é sinônimo de lucro. Ou você acha que a Preta Gil vai cantar de graça? Ou você acha que o governo vai patrocinar essas festas sem algo em troca? Me poupe! Foi tempo que carnaval é sinônimo de bem estar com a família. Carnaval, em seus primórdios, era o “adeus à carne”, jejum e abstinência. Agora é antro de promiscuidade e doença, jovens com camisinhas nas orelhas, sinalizando o “tô afim”, e ainda tem o “beijo forçado”, que muitas mulheres são obrigadas a dar.

Concluindo, não sou contra o carnaval, apenas não me agrada o mercado no qual que ele se transformou, onde para desfilar na frente de uma escola de samba, você paga ou é indicado por alguém. Há quem diga que rola até um teste de sofá, mas isso é apenas especulação, claro. O carnaval dos avós ficou no passado, o negócio agora é lucrar, lucrar e lucrar.

Texto: Alex Gilson


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